Todo sangue doado passa por vários testes para que possa ser utilizado com segurança. Os exames são divididos por Sorológicos e Imunohematológicos.
1Sorológicos
São realizados testes para verificação de Hepatite, Sífilis, HIV/AIDS, HTLV e Doença de Chagas. Se observada qualquer irregularidade através dos exames, o doador será convocado para retornar ao Banco de Sangue e coletar uma nova amostra. Caso seu exame de segunda amostra apresente novamente qualquer irregularidade, ele será chamado para orientação e devido encaminhamento para um especialista.
Se você for convidado, por carta ou telefone, para retornar ao Banco de Sangue, não há motivo para pânico. É um fato rotineiro, que visa abordar qualquer alteração que mereça esclarecimento adequado. Por isso, venha o mais breve possível, trazendo documento de identificação com foto, para que suas dúvidas sejam devidamente esclarecidas.
É importante destacar que os exames realizados pelo Banco de Sangue são para fins de triagem, não tendo intuito de diagnóstico. Logo, devem ser confirmados por testes mais específicos. Após a doação, os resultados dos exames ficam prontos em aproximadamente 15 dias. Todas as doenças aqui relatadas podem ser prevenidas ou tratadas, inclusive a AIDS.
Exames realizados
1O que é Janela Imunológica?
A janela imunológica corresponde ao período entre o contato com o agente infeccioso e a produção de anticorpos pelo organismo em quantidade suficiente para serem detectados nos testes laboratoriais existentes. Este período de tempo varia com o tipo de infecção.
As situações de risco para a janela imunológica são avaliadas na triagem clínica. É importante que durante a avaliação clínica o doador informe com toda franqueza, alguma situação de exposição a um risco infeccioso. Nosso compromisso é proteger a saúde daquele paciente que receberá o sangue.
Jamais doe sangue para se beneficiar dos exames realizados no sangue doado.
As situações de risco para a janela imunológica são avaliadas na triagem clínica. É importante que durante a avaliação clínica o doador informe com toda franqueza, alguma situação de exposição a um risco infeccioso. Nosso compromisso é proteger a saúde daquele paciente que receberá o sangue.
Jamais doe sangue para se beneficiar dos exames realizados no sangue doado.
2Hepatite ?
O QUE É HEPATITE VIRAL ?
É uma inflamação do fígado, causada por um vírus. Os tipos mais importantes de hepatites virais são, hepatite A, B ou C. Tais doenças podem gerar o aumento do fígado, que se torna doloroso à palpação. As hepatites B e C podem levar a um dano permanente do fígado.
HEPATITE A
É causada pela ingestão de alimentos que tenham sido contaminados com excremento humano, no qual o vírus esteja presente. Os sintomas são semelhantes aos da gripe, mas a doença raramente ameaça a vida do paciente. A hepatite A não se torna uma doença crônica.
HEPATITE B e C
É uma inflamação do fígado causada pelos vírus B (HBV) e/ou C (HCV). Apenas 25% das pessoas infectadas têm sintomas, dentre eles o “amarelão” (icterícia). Os cronicamente infectados podem, a longo prazo, ter problemas mais sérios no fígado.
O HBV e o HCV são encontrados no sangue e em outros fluídos corporais (saliva, esperma, secreção vaginal, etc.). A transmissão pode ocorrer através de contato sexual, exposição a sangue ou materiais contaminados ou de mãe para filho (durante a gestação, parto ou aleitamento). Não se pega hepatite doando sangue.
As hepatites B e C são detectadas pelos testes:
Quais são os sintomas da hepatite viral?
Um dos problemas para detecção da hepatite viral é que muitas pessoas não apresentam sintomas. Em média, apenas 25% dos infectados manifestam sintomas, dentre eles o chamado “amarelão” (icterícia), fadiga, dores musculares e nas articulações, náusea, vômito, diarreia, desconforto abdominal e/ou mudança na coloração da urina e das fezes. Os cronicamente infectados podem, a longo prazo, apresentar danos mais graves no fígado.
Qual a diferença entre hepatite viral aguda e hepatite crônica?
A infecção inicial da hepatite é chamada de aguda e pode ser branda ou severa. Quando a infecção ultrapassa um período de seis meses é chamada de hepatite crônica. O vírus A não leva a cronicidade, já os B e C, podem chegar a este quadro.
O que fazer se for comprovada uma hepatite viral crônica?
É necessário a consulta de um médico, o paciente deverá submeter-se a uma avaliação e tratamento clínico, com boas possibilidades de recuperação.
Cuidados:
É uma inflamação do fígado, causada por um vírus. Os tipos mais importantes de hepatites virais são, hepatite A, B ou C. Tais doenças podem gerar o aumento do fígado, que se torna doloroso à palpação. As hepatites B e C podem levar a um dano permanente do fígado.
HEPATITE A
É causada pela ingestão de alimentos que tenham sido contaminados com excremento humano, no qual o vírus esteja presente. Os sintomas são semelhantes aos da gripe, mas a doença raramente ameaça a vida do paciente. A hepatite A não se torna uma doença crônica.
HEPATITE B e C
É uma inflamação do fígado causada pelos vírus B (HBV) e/ou C (HCV). Apenas 25% das pessoas infectadas têm sintomas, dentre eles o “amarelão” (icterícia). Os cronicamente infectados podem, a longo prazo, ter problemas mais sérios no fígado.
O HBV e o HCV são encontrados no sangue e em outros fluídos corporais (saliva, esperma, secreção vaginal, etc.). A transmissão pode ocorrer através de contato sexual, exposição a sangue ou materiais contaminados ou de mãe para filho (durante a gestação, parto ou aleitamento). Não se pega hepatite doando sangue.
As hepatites B e C são detectadas pelos testes:
- HBsAg: determina a presença do vírus da Hepatite B.
- Anti-HBc: determina a presença de anticorpos contra o vírus da Hepatite B. Caracteriza o contato prévio com o vírus desta hepatite.
- Anti-HCV: determina a presença de anticorpos contra o vírus da Hepatite C. Caracteriza o contato prévio com o vírus desta hepatite.
- NAT HBV e NAT HCV: detecção do ácido nucléico dos vírus da hepatite B e C, respectivamente.
Quais são os sintomas da hepatite viral?
Um dos problemas para detecção da hepatite viral é que muitas pessoas não apresentam sintomas. Em média, apenas 25% dos infectados manifestam sintomas, dentre eles o chamado “amarelão” (icterícia), fadiga, dores musculares e nas articulações, náusea, vômito, diarreia, desconforto abdominal e/ou mudança na coloração da urina e das fezes. Os cronicamente infectados podem, a longo prazo, apresentar danos mais graves no fígado.
Qual a diferença entre hepatite viral aguda e hepatite crônica?
A infecção inicial da hepatite é chamada de aguda e pode ser branda ou severa. Quando a infecção ultrapassa um período de seis meses é chamada de hepatite crônica. O vírus A não leva a cronicidade, já os B e C, podem chegar a este quadro.
O que fazer se for comprovada uma hepatite viral crônica?
É necessário a consulta de um médico, o paciente deverá submeter-se a uma avaliação e tratamento clínico, com boas possibilidades de recuperação.
Cuidados:
- Não compartilhe agulhas ou seringas. Só use seringas e agulhas descartáveis ou esterilizadas. Antes de utilizar, exija a desinfecção do material cortante e perfurante.
- Use preservativo. O uso do preservativo nas relações sexuais é a principal forma de evitar a Hepatite.
- Reduza o número de parceiros sexuais (homens e mulheres). Quanto mais parceiros, maior o risco de contaminação.
3Sífilis ?
O QUE É SÍFILIS ?
- A Sífilis é uma doença complexa causada pela Treponema pallidum, bactéria capaz de infectar quase todos os órgãos ou tecidos do corpo humano e causar uma grande variedade de manifestações clínicas.
- Inicialmente, surge uma ferida indolor nos genitais ou na boca, que melhora sem tratamento. Meses depois, podem surgir lesões na pele, febre, ínguas, etc. Se não for tratada, a doença pode, depois de alguns anos, evoluir para formas mais graves, como comprometimento do coração, cérebro, causar abortos, etc.
- A transmissão da T. pallidum pode ocorrer através do contato sexual, transfusão com sangue contaminado ou de mãe para filho (durante a gravidez ou parto). Não se pega sífilis doando sangue.
- A doença é detectada pelo teste VDRL, que determina a presença do agente causador da sífilis.
4HIV/AIDS ?
O QUE É AIDS ?
- A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma “doença” associada a infecção pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), o qual destrói os glóbulos brancos (Linfócitos T), responsáveis pela defesa celular do corpo, facilitando, entre outras coisas, a infecção por germes oportunistas.
- A contaminação pelo HIV pode ocorrer através do contato sexual com uma pessoa contaminada, pela exposição a sangue ou material contaminado, principalmente seringas ou agulha, ou de mãe para filho (na gestação, parto e aleitamento). Não se pega AIDS doando sangue.
- É detectada pelos testes Anti-HIV I e II (quimioluminescência) que determina a presença do anticorpo contra o vírus da AIDS e NATHIV (detecção do ácido nucleico do HIV) que detecta a presença do antígeno P24 e do anticorpo contra o vírus.
Como uma pessoa sabe que está com HIV?
- Através dos testes HIV ag/ac.
- Quando o teste é positivo significa que o indivíduo é soropositivo, mas ele pode ou não apresentar a doença. Independente disso, ele pode transmitir o vírus por relação sexual, sangue e gravidez. Trabalhar e conviver com pessoas soropositivas não oferece riscos de contaminação.
- Quando o teste é positivo e manifesta algumas das doenças ditas oportunistas, como a candidíase (também conhecida como “sapinho), a pneumonia por Pneumocystis Carinii, toxoplasmose, tuberculose, etc., é possível afirmar que o soropositivo está com AIDS.
- É importante lembrar que o paciente com HIV, não necessariamente tem AIDS, ou ficará doente e irá morrer de AIDS. O vírus pode ficar no corpo inativo por dez anos ou mais, sem causar nenhuma doença. Por isso, é importante reconhecer situações e comportamentos de risco e realizar um diagnóstico precoce.
- No contato diário e na convivência com uma pessoa infectada.
- O vírus não é transmitido pelo toque das mãos, beijo no rosto, abraços, através do suor, lágrimas ou saliva.
- Você não adquire o vírus ao tocar objetos usados por uma pessoa infectada. Não há contaminação ao tocar xícaras, talheres, copos, alimentos, roupas, toalhas, sabonete, assentos sanitários, maçanetas, assentos de ônibus, piscina.
- O vírus não é transmitido pelo ar e nem mesmo pela picada de inseto.
- Não se pega HIV doando sangue.
5HTLV
- O HTLV (Vírus Linfotrópico de Células T Humanas) é um vírus da mesma família do HIV, porém não causa AIDS.
- A grande maioria dos infectados não apresenta problemas de saúde. Uma minoria pode ter, a longo prazo, problemas no sangue ou neuromusculares.
- As vias de transmissão do HTLV são as mesmas do HIV.
- É detectado pelo teste de Anti-HTLV I e II: determina a presença do anticorpo contra o vírus HTLV, relacionado à doenças do sangue e do sistema nervosa.
- Não se pega HTLV doando
- A grande maioria dos infectados não apresenta problemas de saúde. Uma minoria pode ter, a longo prazo, problemas no sangue ou neuromusculares.
- As vias de transmissão do HTLV são as mesmas do HIV.
- É detectado pelo teste de Anti-HTLV I e II: determina a presença do anticorpo contra o vírus HTLV, relacionado à doenças do sangue e do sistema nervosa.
- Não se pega HTLV doando
6Doenças de Chagas
- A Doença de Chagas é causada por um parasita chamado T. cruzi, transmitido por um inseto popularmente conhecido como “barbeiro”, “chupança”, “chupão”, “procotó”, etc.
- Algumas pessoas infectadas podem, a longo prazo, apresentar problemas no coração ou no tubo digestivo.
- A transmissão ocorre pela picada do inseto ou pela transfusão com sangue contaminado (não testado).
- A doença é detectada pelo teste de Chagas: determina a presença do anticorpo contra o agente causador da Chagas.
- Não se pega Doença de Chagas doando sangue.
- Algumas pessoas infectadas podem, a longo prazo, apresentar problemas no coração ou no tubo digestivo.
- A transmissão ocorre pela picada do inseto ou pela transfusão com sangue contaminado (não testado).
- A doença é detectada pelo teste de Chagas: determina a presença do anticorpo contra o agente causador da Chagas.
- Não se pega Doença de Chagas doando sangue.
7Imunohematológicos?
Os exames imunohematológicos são realizados para a qualificação do sangue do doador, a fim de garantir a eficácia terapêutica e a segurança da futura doação. São eles:
Tipagem ABO direta e reversa
Para classificação ABO, são realizados os testes:
- Tipagem direta: determina a presença/ausência dos antígenos do sistema ABO nas hemácias do receptor, utilizando reagentes licenciados pelo Ministério da Saúde (soro anti-A, soro anti-B, soro, anti-AB).
- Tipagem reversa: determina a presença/ausência de anticorpos plasmáticos (anti-A e anti-B), utilizando reagentes de hemácias A e B.
Os resultados obtidos nas tipagens direta e reversa são interpretados e a amostra sanguínea é classificada para o grupo ABO.
Tipagem Rh (D)
A presença ou ausência do antígeno D, na tipagem sanguínea Rh, define se o indivíduo é Rh-positivo ou Rh-negativo.
Diferentemente do sistema sanguíneo ABO, um indivíduo Rh-negativo só produzirá um anticorpo anti-D por meio de imunização prévia com hemácias Rh-positivo (durante a gravidez ou por transfusão).
A tipagem Rh é realizada com soro anti-D e determina a presença ou ausência do antígeno D nas hemácias testadas.
Pesquisa e Identificação de Anticorpos Irregulares (PAI)
A Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) é realizada testando-se o soro do receptor contra hemácias do tipo O, com fenotipagem conhecida para os mais importantes sistemas de grupos sanguíneos.
A PAI tem como finalidade detectar possíveis anticorpos clinicamente significantes e, juntamente aos demais testes pré-transfusionais, contribui para aumentar a segurança transfusional e minimizar o risco de uma reação transfusional hemolítica.
Pesquisa de Hemoglobina S (HbS)
Detectar a presença do traço falciforme, ou hemoglobina S heterozigota dentre os doadores de sangue.
Tipagem ABO direta e reversa
Para classificação ABO, são realizados os testes:
- Tipagem direta: determina a presença/ausência dos antígenos do sistema ABO nas hemácias do receptor, utilizando reagentes licenciados pelo Ministério da Saúde (soro anti-A, soro anti-B, soro, anti-AB).
- Tipagem reversa: determina a presença/ausência de anticorpos plasmáticos (anti-A e anti-B), utilizando reagentes de hemácias A e B.
Os resultados obtidos nas tipagens direta e reversa são interpretados e a amostra sanguínea é classificada para o grupo ABO.
Tipagem Rh (D)
A presença ou ausência do antígeno D, na tipagem sanguínea Rh, define se o indivíduo é Rh-positivo ou Rh-negativo.
Diferentemente do sistema sanguíneo ABO, um indivíduo Rh-negativo só produzirá um anticorpo anti-D por meio de imunização prévia com hemácias Rh-positivo (durante a gravidez ou por transfusão).
A tipagem Rh é realizada com soro anti-D e determina a presença ou ausência do antígeno D nas hemácias testadas.
Pesquisa e Identificação de Anticorpos Irregulares (PAI)
A Pesquisa de Anticorpos Irregulares (PAI) é realizada testando-se o soro do receptor contra hemácias do tipo O, com fenotipagem conhecida para os mais importantes sistemas de grupos sanguíneos.
A PAI tem como finalidade detectar possíveis anticorpos clinicamente significantes e, juntamente aos demais testes pré-transfusionais, contribui para aumentar a segurança transfusional e minimizar o risco de uma reação transfusional hemolítica.
Pesquisa de Hemoglobina S (HbS)
Detectar a presença do traço falciforme, ou hemoglobina S heterozigota dentre os doadores de sangue.